Se os Beatles e os Rolling Stones eram considdrados rivais, Whereland e The Who seriam os amantes. Literalmente. Jayne Greene e Pete Townshend namoraram por 3 anos e até chegaram a ficar noivos, mas romperam assim que Jayne descobrira que Pete passara uma noite com uma antiga namorada, Karen Astley, e que esta estava grávida.
Evelyn Blen e Keith Moon tiveram um relacionamento deveras conturbado. Noites regadas à álcool, sexo e destruição de quartos, infidelidades, e histórias curiosas, sendo a mais conhecida a em que fugiram junto com um casal de adolescentes, passaram duas semanas sumidos, e só depois foram encontrados num barco próximo do porto de Liverpool.
Roger Daltrey namorou por um ano e meio Betty Martin, com quem tivera uma filha, Sue Lee Martin.
Mas a relação entre Whereland e The Who era muito mais do que amorosa. As bandas possuem um dos maiores números de apresentações colaboradas, entre 1967 até 1978.
No primeiro show em que Whereland e The Who dividiriam o palco, também foi o show que Evelyn Blen acabou tendo o braço quebrado acidentalmente por Keith Moon, enquanto este destruía seu kit de bateria. Uma parte não muito conhecida da história seria quando Pete Townshend parara para dar uma enorme explicação sobre a próxima música que o The Who iria apresentar, mas fora cortado por Evelyn Blen, que disse:
- Petey, fique quieto. Eles pagaram ingresso para ouvir vocês tocarem, não para assistir uma palestra. Dê pra eles o que foi prometido.
O resto vocês já sabem. Um pequeno boato que andava era que Moon provocara o acidente intencionalmente, na tentativa de vingar o colega de banda. Mas o próprio Moon carregara Blen quando esta se feriu.
A única foto divulgada de Evelyn Blen com gesso foi tirada neste festival, enquanto esta conversava com um fã, que seria Ian Gillan, futuramente conhecido como vocalista na formação mais famosa da bem-sucedida banda de Heavy Metal, Deep Purple.
Mas nem tudo estava perdido. No dia seguinte, Blen recebeu uma ligação de uma velha amiga de infância, Mary Barton, que estava na cidade.
Após trocarem ideias por meia hora, Blen convidou-a para vir em sua casa tocar um pouco, relembrando os velhos tempos.
Após tocar vários de seus clássicos de blues favoritos, Evelyn, impressionada, exclamou:
- Nossa Mary, você é muito boa!
- Obrigada... Mas preciso ajeitar melhor as cordas.
- É sério! Olha, você já tocou em alguma banda séria?
- Fui guitarrista de uma bandinha chamada The Parkers por uns 6 meses.Gravamos um compacto, mas depois disso nos separamos.
- Bom, já é alguma coisa... Você se importaria de trazê-lo para ouvirmos?
- Bem, se insiste...
Meia hora depois Mary retornara com seu empoeirado compacto, colocando na vitrola de Evelyn. E ao terminarem de ouvirem, não havia mais dúvidas: Mary estava na banda, pelo menos até Evelyn Blen recuperar-se.
O que parecia uma simples substituição temporária, era na verdade um marco na história do rock n' roll como conhecemos hoje.
Olá, este é um blog de histórias e fanfics minhas. Sinta-se a vontade para ler elas.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Chaos And Creation - A biografia não autorizada da Whereland, capítulo 2
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Chaos And Creation - A biografia não autorizada da Whereland, capítulo 1
"Eu me lembro muito bem daquele dia.
Tinha acabado de ganhar meu primeiro salário, e resolvi gastá-lo comprando um disco. Fui até a loja da cidade, e levei o compacto de uma banda estreante, Whereland, que continha Jeanie Liar, o primeiro hit delas. Ao ouvir, senti-me surpreso por várias coisas, o som, por exemplo, diferente, uma mistura insana de agressividade e harmonia. O vocal poderoso de Evelyn Blen, diferente de muitas vozes femininas que já ouvira. O fato de todas serem mulheres, no momento, o rock era só dos homens. E a letra controversa, que pertubava meus pais conservadores toda vez que eu colocava Jeanie Liar na vitrola de casa. Eu só sabia de uma coisa: o rock n' roll iria revolucionar o mundo."
Henry Teller, colecionador de discos e um grande fã da Whereland.
As rádios inglesas iam a loucura. Havia algumas semanas que um compacto circulava entre os jovens ouvintes, causando um impacto surpreendente.
"Quem são as integrantes da Whereland? De onde elas vieram?" Eram algumas das perguntas que se fixavam nos jornais e noticiários.
Lançaram um álbum homônimo, também um sucesso de vendas. Tudo isso foi o bastante para chamar a atenção dela. Não tinham empresário, "somos autônomas", declarava a exótica Evelyn Blen, líder da banda, quando um destes se oferecia.
Ou eram. Em 5 de novembro de 1966, às 3 horas e quinze minutos da tarde, mais uma proposta empresarial fora-lhes oferecida. E dessa vez, elas não iriam recusar.
- De jeito nenhum. - Evelyn Blen, a loira de cabelos curtos e bagunçados e grandes óculos redondos negou friamente. - Sua proposta é no mínimo tentadora, mas não iremos receber ordens de ninguém, nem de você, srta. Hicks.
Mas Alice Hicks não era uma empresária qualquer. Em apenas 22 anos de idade, a esperta garota de óculos quadrados já era bastante influente e uma verdadeira amante do rock n' roll.
- Evelyn, pense bem, precisamos do dinheiro... - A ruiva baterista Elizabeth Martin, mais conhecida como Betty, sugeria.
- É verdade... - Jayne Greene, a morena baixista, também preocupava-se com a carreira das três.
Embora boas instrumentistas, as duas eram fracas quando tratava-se de negócios, fazendo de Evelyn a cabeça criativa e dominante do grupo.
- Boa tarde, srta. Hicks. - Ela disse com desprezo.
- É uma pena que seja tão cabeça dura, srta. Blen. - Alice comentou tristemente. - Me pergunto o que será de Jeanie, e tantos outros personagens que estão para vir em suas futuras composições, se é que já não foram criados.
Evelyn virou seu pescoço imediatamente, mas não parecia surpresa.
- Quem te contou sobre as músicas?
- Ninguém. Tenho o costume de pesquisar e conhecer as coisas que empresario, não quero administrar negócios de um bando de lixos como muitos fazem.
- Evy, ela não está mentindo. - Jayne afirmou na hora.
Evelyn pensou bem, e na hora tomou o contrato da mão de Alice, examinando todas as entrelinhas.
- Preciso de uma caneta tinteiro.
Alice, sorridente, tirou a sua do bolso do paletó, entregando para a guitarrista, que logo passou para a baixista e baterista. O contrato estava pronto.
- Arranjarei uma turnê por toda Europa para vocês assim que puder, vocês realmente precisam fazer sucesso em mais lugares. Ligarei assim que conseguir.
- Toda, toda a Europa? Até a França? - Betty perguntou pasma.
- Isso mesmo.
Betty gritou de alegria, abraçando sua nova empresária firmemente.
- Eu sempre quis conhecer Paris! Você é incrível, Alice!
- Mas como você vai conseguir isso? - Jayne perguntou, insegura.
- Eu me viro, sempre dou um jeito. - Gabou-se, ajeitando seu óculos.
E não estava mentindo. Mais ou menos uma semana depois, a Whereland já estava na estrada, fazendo seu primeiro show em Dublin, Irlanda.
Já em seu quinto cigarro e décima música, Evelyn tinha ainda uma enorme energia para continuar, assim como as outras. Betty distraía o público com curtos mas eficientes solos de bateria, enquanto Jayne afinava discretamente seu baixo.
As garotas provaram naquela noite não serem apenas eficientes musicalmente, como agressivas. Uma das primeiras bandas, a primeira feminina, a fazer uma apresentação completamente agitada, consequentemente atraente para muitos ouvintes no local.
"Elas eram como animais, inquietas, selvagens e instintivas. Lembro da platéia indo ao delírio, pedindo para Evelyn Blen se agitar mais pelo palco, embora ela negasse. Sabia que seu corpo chavama atenção da platéia, cuja maioria era masculina. E realmente, para nós, o homem que levasse ela para cama naquela noite seria o mais abençoado de todos."
Kyle McKenna, cidadão irlandês e amante do rock n' roll.
Mas isso não era o mais importante. Horas depois, Alice acordava calmamente no quarto de um ótimo hotel irlandês, e lia as notícias sobre o show, muito bem elogiado.
"*Os Beatles pararam os Estados Unidos por 5 minutos, mas essas garotas pararam a Irlanda por mais de 2 horas." Afirmava um crítico no jornal.
Enquanto isso, Evelyn Blen assistia sentada em uma poltrona fumando um cigarro, pensando em como seria o futuro da banda.