segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Blue, Red And Grey, Capítulo 13

– Boa tarde, meninas. - Evelyn falou ao entrar no estúdio, com um pouco de dificuldades por causa do gesso. - Prontas pra ensaiar?

– Evy - Belle falou com uma cara mal humorada e desanimadora. - Você quebrou o braço, quem vai tocar?

– Eu. - Uma figura atrás da vocalista se manifestou, sendo que ninguém a notara antes.

– Quem é você? - Dani falou a encarando, achando ela familiar. - Mary?

– Sim! - Ela sorriu, fazendo Dani ficar bem feliz.

– Caramba! - A baixista correu pra abraçá-la. - Você tinha sumido, nem mandou uma carta ao menos.

– Pois é - Ela disse um pouco sem jeito.

– Mas quem é a Mary, não conheço... - Belle falou com uma expressão de perdida.

– Nossa amiga de infância. - Evelyn começou a explicar. - Nós até tínhamos uma bandinha, mas ela se mudou... Você não chegou a conhecê-la.

– Mas como achou a gente? - Dani perguntou curiosa.

– Eu estava na cidade e fiquei sabendo que a Evy quebrou o braço. Então procurei o número dela na lista telefônica e sugeri tocar guitarra na banda enquanto ela se recupera.

– Mas eu continuo cantando. - Evelyn acrescentou, pois não queria parecer inútil. - E vamos ter que pagar, a Mary não vai fazer isso de graça.

– Quanto? - Belle perguntou tentando se achar na conversa.

– 30 por demo, 40 por single ou faixa de álbum, 10 por cada música em show e 100 por álbum gravado.

– Porra, tudo isso... - Dani falou desanimada.

– São os tempos modernos Dani, o que posso fazer? - Mari falou sem expressão. - Tenho direito de ganhar bem também, sabe...

– Mas ela vai tocar apenas o que pedirmos e não vai interferir nas composições. - Evelyn falou, mesmo isso não mudando nada para as outras duas.

– Tudo bem, tudo bem... - Belle falou, tentando quebrar o gelo. - Vamos ensaiar ou não?

– Vamos. - Dani falou, já levantando da cadeira, enquanto Evelyn e Mary iam atrás delas.

– Então, estava compondo isso semana passada... - Dani falou, distribuindo algumas folhas para as colegas.

– Que ótimo, Dani! - Evelyn se empolgou, enquanto lia a folha dela. - Gostei da letra.

– Obrigada - Ela disse sorrindo de leve, enquanto voltava a falar. - Então, queria que ensaiássemos ela, só pra ver como fica.

– Tá bem. - Belle falou enquanto terminava de memorizar a parte dela.
– Vamos. - Dani falou, já levantando da cadeira, enquanto Evelyn e Mary iam atrás delas.

– Então, estava compondo isso semana passada... - Dani falou, distribuindo algumas folhas para as colegas.

– Que ótimo, Dani! - Evelyn se empolgou, enquanto lia a folha dela. - Gostei da letra.

– Obrigada - Ela disse sorrindo de leve, enquanto voltava a falar. - Então, queria que ensaiássemos ela, só pra ver como fica.

– Tá bem. - Belle falou enquanto terminava de memorizar a parte dela.

Evelyn tentou ajeitar o microfone, com um pouco de dificuldade.

– Quer uma ajuda, Evy? - Mary perguntou ao perceber.

– Não, obrigada. - Ela disse meio frustrada, pois não queria ser tratada diferente por estar com o braço engessado. - Eu estou bem.

– Ok... - Mary respondeu sem acrescentar mais nada, enquanto pegava uma palheta do bolso.

– E 1, 2, 3, 4... - Dani começou a falar.

E o ensaio começara.

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– Chega... - Evelyn falou, com um pouco de dor no braço. - Acho que já deu por hoje, vamos embora, por favor...

– Tá bem, Evy - Dani falou, com pena dela. - Tchau pra vocês...

Logo ela e Belle saíram do estúdio, enquanto Mary terminava de ajeitar algumas coisas.

– Você teve um ótimo desempenho, Mary. - Ela falou com um leve sorriso, enquanto observava ela arrumar algumas cordas.

– Obrigada, Evy... - Ela agradeceu enquanto se concentrava nas cordas desalinhadas.

Naquela mesma hora entrara uma mulher de uns prováveis 40 anos na sala. Era a secretária.

– Srta. Blen, tem alguém querendo falar com você. - Ela avisou, enquanto Evelyn deu de ombros.

– Aonde é o telefone? - Ela perguntou sem muita curiosidade.

– Não. - Ela corrigiu. - Lá fora.

– Ah sim... - Evelyn virou o olhar para Mary, que parecia ocupada. - Eu vou lá então, tá bem Mary?

– Sim, até mais... - Ela acenou, demostrando que estaria tudo bem.

– Ok, vamos lá. - Evelyn falou virando para a secretária, a acompanhando.

Apesar das dificuldades, ela estava até tranquila sobre a sua situação. Mary não era uma guitarrista medíocre e até poderia contribuir com algumas músicas, e talvez ela até poderia realizar uma vontade que queria: Fazer um show pendurada de cabeça pra baixo uma camisa de força.

"Até que foi útil isso..." Ela sorriu um pouco. "Mas ainda quero matar aquele merda do Keith."

E logo voltou a sentir um pouco de raiva.

E falando no diabo, olha só quem estava lá. Evelyn não ficou nada empolgada ao vê-lo.

– Oi Evelyn... - Ele disse acenando.

– O que você quer? - Ela disse friamente, queimando de ódio por dentro.

– Saber como você está.

– Bom, eu estou bem, ou estava antes de você aparecer.

– Hummmmm... Então você está melhor ainda?

– Não enche. Aliás, nem devia ficar atrás de mim, sabe. Se não fosse por esse gesso te dava um soco agora.

– Não faz mal, você fica sexy sendo violenta.

Evelyn lutou pra não corar, e então fez uma cara de desgosto.

– Ah, cala a boca. - Ela disse de mau humor. - Pare de me procurar, ok?

– E se fazendo de difícil também... - Ele comentou com uma cara maliciosa, o que irritava e excitava a garota mais ainda.

– Não vou perder meu tempo com você, até mais. Ela saiu de lá, mas Keith a seguiu. De novo.

– Escuta, por que você gosta tanto de me seguir, hein? - Ela perguntou, sem graça.

– É legal. - Foi o que apenas respondeu.

– Mas e se eu estiver indo pro inferno, você vai também?

– Eu vou pra lá mesmo sem depender de você, que diferença faz?

– Mas pra que você quer ficar atrás de mim, porra?

– É uma noite perigosa, principalmente para uma garota de braço engessado.

– Eu não ligo. Sei me defender.

– Mas com gesso vai ser complicado...

– Quer saber? Foda-se, se quer me seguir, que me siga.

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Pete estava sentado no sofá de sua sala, cantarolando qualquer coisa enquanto tomava uma latinha de cerveja. Tudo estava muito quieto, e solitário.

Mas logo a campainha tocou, interrompendo o silêncio.

– Já vai... - Ele disse arrumando forças pra se levantar, indo destrancar a porta.

Ao abrí-la, Dani o abraçou na hora e o beijou com vontade, fazendo-o ficar surpreso.

– Oi... - Ela sussurrou pra ele, enquanto pressionava seus lábios contra os dele. - Senti sua falta...

– Eu também. - Ele falou, sem parar de beijá-la.

– Nós mal tivemos tempo pra nós nesse mês... São tantas coisas e shows pra fazer...

– É complicado mesmo, mas então vamos aproveitar essa hora.

E ao dizer isso empurrou ela contra a parede, botando os braços em volta para impedir que ela escapasse (como se ela fizesse isso).

– Hum, mas quanta atitude hein...

Pete riu da cara maliciosa que ela fazia, excitado.

– Agora você está encurralada...

– Oh, mas eu sou uma moça indefesa, seja cuidadoso comigo por favor! - Ela falava de um jeito que poderia ser considerado dramático, se não estivesse rindo.

– Nananinanão mocinha... - Ele disse cada vez mais em clima de brincadeira. - Ninguém diz o que eu devo fazer.

Então ele a agarrou e começou a beijar, depois descendo os beijos para seu pescoço, enquanto Dani gemia incessávelmente.

Era uma noite pra se aproveitar, não?

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Mary estava terminando de arrumar suas coisas, até que ouviu alguns passos e uma voz familiar.

– Belle, você está aí? - É o que ela dizia.

Logo ela saiu do estúdio, olhando para o lado e viu quem era.

– Oi, Roger... - Ela disse com um jeito meio triste, sem fazer contato visual direto.

– Mary? - Ele olhou surpreso. - O que faz aqui?

– Fui contratada por uma amiga minha pra tocar guitarra na banda dela temporariamente, ela quebrou o braço e não pode tocar por um mês...

– Você conhece a, a... Evelyn, acho que esse é o nome dela...

– Claro, é a minha amiga de infância.

– Ah sim... Mas como você está?

– Com saudades...

Ele olhou para Mary desentendidamente.

– Desculpa, Mary... - Ele falou. - Estou interessada em uma outra garota agora.

– Volta comigo, por favor... - Ela tocou em seu rosto, alisando seus cabelos loiros.

– Não sei...

Mary tentou beijá-lo, mas logo foi interrompida por um...

– ROGER! - Grito. Era Belle, tinha voltado pro estúdio, pois esquecera seu casaco. - O que é isso?!

– Um casal voltando, não está vendo? - Mary falou enquanto tentava abraçar Roger, que a impedia.

– Mary... - Belle falou, quase vermelha de raiva. - Vamos lá fora... Pra conversar.

– Belle, não é isso que você está pensando. - Roger falou tentando impedi-las.

– Não importa, mas fica aí. - Belle falou, o encarando de um jeito raivoso. - É uma ordem.

Roger resolveu não discutir, ficando lá então. Belle levou Mary para o lado de volta do estúdio, com uma cara de ódio.

– E então? - Belle começou a reclamar. - O que há entre você e o Roger?

– Ele é meu ex. - Ela disse sem medo da baterista. - Mas eu ainda quero ele, por que quer saber?

– Desculpa, mas a fila andou...

– Como assim?

– O Roger quer a mim agora, foi mal... Perdeu sua chance.

– Haha, vai sonhando... Ele não resiste a mim.

– Ora sua...

Belle não se controlou, logo deu um soco na garota.

– Então você quer briga? - Mary gritou, passando a mão na parte do rosto onde Belle socara, e logo a socou também. - Pois briga você terá!

E então as duas começaram a se bater, puxar os cabelos, se chutar...

– BELLE! MARY! PAREM COM ISSO! - Roger gritou horrorizado com a cena, indo no meio delas impedindo que se batessem.

– Não me impeça, Roger! - Belle gritou endurecida, olhando para Mary com ódio.

– Esquece essa briga ridícula! - Mary rosnou. - Eu vou pra casa!

– Espera aí, Mary! - Roger falou preocupado.

– O que?! - Belle falou indignada. - Está mais preocupado com ela?! Ah, Roger Daltrey, seu canalha... Vou pra casa também, sozinha!

E Roger não soube qual das duas seguir, ficando sozinho no meio da entrada do estúdio.

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